sexta-feira, 17 de junho de 2011

Um pouco do passado

Reviver o passado nem sempre é uma coisa boa, principalmente quando ele te lembra um momento de sua vida no qual o nada e sua contribuição para o mundo eram a mesma coisa. [Não que hoje eu seja algo de muita importância...] Mas quando você se depara com algo que, por pior que tenha sido, tenha gerado força suficiente para te tirar da sua zona de conforto é uma sensação de liberdade misturada com felicidade e gratidão.


Estava lendo alguns escritos meus, aqueles que a gente escreve, "guarda" em um lugar nada apropriado e não acha mais, exceto quando você não está procurando por ele. Por este motivo estou transcrevendo-os para meu HD, mas como são muitos, vai demorar para terminar. Enquanto isso, vou postar um aqui que eu acredito não ser muito antigo, deve ter por volta de 1 ano a 1 e meio. Espero que eu não me arrependa de postá-los. Mas caso ocorra, sempre há a tecla (excluir) para por um fim à agonia dos arrependidos.

"As horas se arrastam e eu me pergunto quando que o relógio da vida dará a badalada crucial para o barulho dos sinos ecoar em minha caixa dura, que insistem em chamar de cérebro, e me levar a delírios de um mundo imaginário; porque no meu mundo só cabe tudo o que me deixa feliz, que não é obrigado, que não perturbe a MINHA paz mundial.


Enquanto não sinto as alucinações deste incrível e 'inesperável esperado' som do tic-tac natural, me guardo. Talvez pelo medo, talvez pelo medo do medo..., ou pela extrema força que tenho - A FORÇA QUE ME MANTÉM NO MESMO CANTO..."

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Encerrando ciclos

Hoje acordei como todos os outros dias: CORRENDO! Mas quando abri meu e-mail e li esta mensagem, enviada por minha professora e amiga Graça, que é uma gracinha. ^^


Compartilharei, pois creio que deixar as coisas para trás é muito difícil (ao menos para mim), mas às vezes é preciso...




Deleitem-se ;)



Encerrando ciclos



“Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos – não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.



Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.



Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração – e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.



Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”.



Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa – nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.”


(Glória Hurtado)

terça-feira, 29 de março de 2011

Um paradoxo perfeito

Recife, 23 de março de 2011


Por mais que eu diga para mim mesma para fazer o bem aos outros sem esperar nada em troca sempre acabo me decepcionando. Pode parecer egoísta, por mais que eu diga que não é, mas eu espero sim que me tratem com o mesmo apreço, com o mesmo carinho, o mesmo grau de importância que dou a essas pessoas.

Não, eu não mataria por elas – duvido muito eu matar por mim mesma! Mas eu morreria por algumas. E, querendo ser bem sincera, morro todos os dias um pouco mais quando sinto o quão distante estou delas, apesar de tentar estar sempre por perto. É que EU estou perto, mas elas não.

Isso dói. Machuca-me dar muito e receber quase nada. Contudo, machuca muito mais ter muito para dar e guardar pelo fato de ninguém retribuir – isso sim seria egoísmo! Por isso continuo na minha ilusão de que quanto mais eu der, mais receberei (mesmo que algum dia distante).



Tai Franco

sexta-feira, 11 de março de 2011

Querer pode ser poder?

Uma vez, lendo um livro*, encontrei uma frase que desde então conseguiu descrever boa parte dos motivos de eu ter tanto medo e era assim: “É mais fácil estar na eminência de ser do que de fato ser”. Talvez hoje eu possa usar esta mesma justificativa pelo que estou sentindo.

Estou frustrada comigo mesma. Insatisfeita com minhas reações, com minhas tentativas de ser quem de fato eu sou e apensas conseguir ser quem eu estou totalmente acostumada a ser. Estou indignada com o fato de poder ser, dizer, fazer e estar e simplesmente não conseguir pelo simples, porém complexo, medo de realmente me ver dentro do que criei.

Se eu pudesse escolher por onde começar (o mais engraçado é que eu posso escolher) seria admitindo que sim, eu quero. Eu quero tantas coisas que penso ser demais, e acabo negando. Pior é que para esquecer o que realmente almejo me pego as trocando por coisas insignificantes e que não me acrescentam nada. Gostaria de dizer que sim muitas vezes que eu digo não. Gostaria que eu não tivesse medo de dizer que sim. Gostaria que o meu sim não dependesse da aprovação dos outros.

Queria imensamente acreditar que por mais que tenhamos errado no passado, podemos consertar no presente. Mas o medo de cair no mesmo erro me induz cruelmente a cometer o mesmo erro. E o maior medo é de tentar agir diferentemente e errar, mesmo que de outra maneira.

Na verdade, hoje eu só queria admitir que eu preciso de uma única pessoa, mas que me parece ser tão irreal que às vezes eu me questiono o quão eu sou merecedora de algo tão grandioso. E isso tudo só acontece porque é algo desconhecido para mim, porque pensar em ser é muito mais fácil do que ser realmente.


*A menina que roubava livros (Markus Zusak)


Taiana Franco

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pare e Pense

Às vezes não é preciso dizer muito para entederem o que quero passar. Hoje eu não quero escrever muito. Vou usar uma parte da música do IRA - Dias de Luta:
" (...)
  Quando se sabe ouvir, não precisam muitas palavras
  Muito tempo eu levei pra entender que nada sei... que nada sei


(...) "

Mas uma coisa eu acrescento: O fato de nada saber não me faz uma ignorante.


 Pare e pense no que você está dizendo. Será mesmo útil?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Vocação

Eu não sei quantas vezes eu já disse ao meu Pai que o amo. Não porque eu tenha dito muitas vezes, ao contrário, acho que me sinto um pouco intimidada pelo fato de que o pai é aquela figura que sempre te nega as coisas, ao contrário da mãe, que sempre faz a cabeça do teu velho para que você consiga o que quer. Mas me lembro de algumas vezes em que disse isso - talvez todas as vezes que ele precisava ouvir. Por isso eu queria hoje dizer que o amo e deixar aqui marcado para que, se eu vier a esquecer de fazer isso de novo, ele possa lembrar que independente de qualquer coisa ele sempre será meu Pai.

Ele chegou de maneira inusitada, diferente de outros pais, mas soube lidar de maneira perfeita comigo e minha irmã. Ele que perdeu meus primeiros passos, minhas primeiras palavras, meu primeiro dia de aula, mas que esteve e sempre estará presente nas minhas grandes conquistas. Ele que me ajuda a me encontrar quando estou perdida e que, por mais bobo, esquecido e às vezes incompreensivo com alguns porblemas meus (que ele insiste em dizer que não são), sempre me dá conselhos extraordinários.

Ele não é o doido no microfone. É o outro (esquerda)!
Sei que não fomos apenas nós que crescemos junto dele, tenho plena certeza que ele cresceu conosco também. George, Pai, INHO, está aí uma pessoa que nasceu com uma vocação e que por mais que digam que esta seja a sua profissão, eu digo o contrário - É SER MEU PAI!











            

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Rabiscando...

Ontem fiquei pensando em como é difícil fazer com que as pessoas acreditem que nos importamos com elas. Hoje eu acordei pensando como é difícil EU acreditar que as pessoas se importam comigo. Agora eu me pergunto: Como vou fazer os outros acreditarem nisso se eu mesma não acredito????

Se eu pudesse dividir de forma precisa meus pensamentos diários em 4 partes, diria que 1/4 seria destinado para as minhas lembranças mais felizes, aquelas que quando estamos tristes nos perguntamos se tornaremos a ser daquela maneira. Já a outra parte estaria ligada as pessoas que dividiram esses momentos comigo; sei que algumas já nem devem pensar do quanto eles foram importantes para mim naquele momento, mas o fato de não mantermos mais contato não implica (ao menos para mim) dizer que não as estimo; já outras estão comigo há tanto tempo que se fosse para lembrar de tantos momentos bons eu teria que pegar os 2/4 que me faltam, mas como ainda tem muitos pensamentos para apenas mais 2 partes...

Na terceira parte citaria aquelas pessoas que um dia foram tão importantes para mim e que hoje ficaram as lembranças e um carinho imenso, mais precisamente estaria me perguntando quando que deixaram de ser tão presentes e a razão; está aí algo que eu simplesmente não consigo entender: 'quando que uma pessoa deixa de estar tão presente na sua vida?'. Vai ver eu apenas me distraí e puft. Mas eu me lembro perfeitamente de tentar reerguer alguns, mas talvez eu não tenha tanta importância assim para estas pessoas.

Finalmente, na última parte e a mais complicada de todas, eu uso para pensar se é tão importante mesmo pensar nisso tudo. Talvez seja melhor eu apenas apagar tudo que eu escrevi e não postar nada aqui... porque, para falar a verdade, eu nem lembro mais do que eu estava querendo dizer... Eu podia simplesmente pensar no quanto eu estou sendo feliz hoje, mas eu teimo em pensar nessas outras coisas... Mas, enfim, ainda bem que não dá para dividir em 4 partes, o que me consola bastante.